Passaram ontem 50 anos sobre o início da Guerra Colonial, ou do Ultramar, como também é designada.
Iniciou-se em Angola, a 4 de Fevereiro, com o assalto por parte de elementos anti-colonialistas à Casa de Reclusão Militar, à Esquadra de Polícia Móvel e à Cadeia de São Paulo em Luanda, matando vários polícias e libertando os presos políticos que lá se encontravam. Seguiu-se a repressão da revolta por parte das autoridades portuguesas. Um mês mais tarde ocorreria o levantamento armado no norte de Angola, com o massacre de fazendeiros brancos e trabalhadores negros, levado a cabo pela UPA (União dos Povos de Angola, movimento liderado por Holden Roberto). Salazar envia então um reforço militar metropolitano para Angola, "rapidamente e em força". A resposta portuguesa foi rápida e a repressão tão brutal quanto havia sido o ataque da UPA. Entrou-se numa escalada que levaria ao alastramento da luta armada à Guiné e a Moçambique. E daí à queda do regime ditatorial salazarista iniciado em 1932 e à Revolução de 25 de Abril de 1974 - e consequentemente, ao fim do Império Português, num ambiente internacional dominado pela Guerra Fria e pelos interesses geoestratégicos das superpotências (EUA e URSS), principais beneficiadas pela desagregação de Portugal como Estado pluricontinental.
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Guerra Colonial, 1961-1974
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