quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

70º aniversário do ataque japonês a Pearl Harbor

Há 70 anos, a Marinha Imperial Japonesa lançava um ataque de surpresa à base naval americana de Pearl Harbor, no Havai. O objectivo era aniquilar a marinha de guerra dos Estados Unidos no Pacífico, ou pelo menos infligir-lhe danos tão consideráveis que permitissem ao Japão concretizar os seus objectivos: apoderar-se de territórios que lhe fornecessem as matérias-primas necessárias ao prosseguimento do seu expansionismo agressivo naquela vasta região.
Na verdade, as relações entre o Japão e os EUA tinham vindo a deteriorar-se ao longos dos anos precedentes. A aliança entre o regime ditatorial e militarista do Japão com a Itália fascista e a Alemanha nazi foi um dos motivos que levaram o governo do Presidente Franklin D. Roosevelt a negar aos nipónicos o suprimento de petróleo e outras matérias-primas que aqueles necessitavam. Este endurecimento comercial levou o governo do general Tojo, com o consentimento do Imperador Hiro Hito, a enveredar pelo drástico caminho da guerra.
Como bem anteviu o almirante Yamamoto, o estratega do ataque a Pearl Harbor, o Japão apenas logrou despertar um gigante adormecido. Não só o ataque não teve o sucesso esperado (os porta-aviões americanos, o alvo mais importante, estavam em manobras no vasto oceano, tendo escapado assim ao bombardeamento da base naval), como a entrada dos EUA na 2ª Guerra Mundial, ao lado da Grã-Bretanha e da União Soviética, veio a ser fundamental para a derrota do Eixo. Desde esse "Dia da Ignomínia", como chamou Roosevelt ao 7 de Dezembro de 1941, até à rendição incondicional do Japão menos de 4 anos depois, um longo e sangrento caminho seria percorrido. Perto do epílogo da Segunda Guerra Mundial, o Japão conheceria a devastação tremenda causada pelas bombas atómicas - a mais terrível consequência do despertar do gigante adormecido.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Anfiteatro Romano de Itálica

Visita virtual ao anfiteatro...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Conímbriga virtual

Recriação da cidade romana de Conímbriga.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Água radioactiva em sua casa: o Revigator



A recente tragédia nuclear na central de Fukushima, com a fuga radioactiva que, a não ser devidamente controlada, pode pôr em perigo a vida de largos milhares de pessoas, recordou-me uma época da nossa história em que se acreditava que a radioactividade podia trazer benefícios à saúde. Tanto assim que, em 1912, um invento baptizado como Radium Ore Revigator foi patenteado nos Estados Unidos da América. Mas o que era, na verdade, o Revigator?

Tratava-se de um reservatório de cerâmica com a capacidade de 2 galões (equivalente a 7,6 litros, aproximadamente), munido de uma torneira e destinado a ser repleto de água, mas com a particularidade de ter um revestimento interior de urânio e rádio. A ideia era que a água repousasse no interior do reservatório durante a noite, adquirindo assim as propriedades que se acreditavam ser benfazejas à saúde. Recomendava-se até que fossem consumidos diariamente seis copos desta água radioactiva, "fresca e revigorante". Centenas de milhares de Revigators foram vendidos por uma companhia sediada em San Francisco, Califórnia, até cerca de 1932, quando finalmente se compreendeu que os efeitos nocivos para a saúde eram mais evidentes do que os pressupostos benefícios.

A gravura que ilustra este artigo foi retirada desta página:
http://www.orau.org/ptp/collection/quackcures/revigat.htm

Bibliografia consultada: BBC History Magazine, vol. 12, nº 4, April 2011, pg. 93.

domingo, 13 de março de 2011

"Mourir a Madrid" - Filme-documentário sobre a Guerra Civil de Espanha (1936-1939)

Filme-documentário sobre a Guerra Civil de Espanha (1936-1939), realizado em 1963, mas ainda hoje uma dos melhores obras cinematográficas acerca deste conflito. Narrado em francês e aqui apresentado em duas partes.

Sobre o conflito, pode ser consultado este artigo de boa qualidade da Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_Espanhola



sábado, 5 de fevereiro de 2011

Guerra Colonial ou do Ultramar

Passaram ontem 50 anos sobre o início da Guerra Colonial, ou do Ultramar, como também é designada.
Iniciou-se em Angola, a 4 de Fevereiro, com o assalto por parte de elementos anti-colonialistas à Casa de Reclusão Militar, à Esquadra de Polícia Móvel e à Cadeia de São Paulo em Luanda, matando vários polícias e libertando os presos políticos que lá se encontravam. Seguiu-se a repressão da revolta por parte das autoridades portuguesas. Um mês mais tarde ocorreria o levantamento armado no norte de Angola, com o massacre de fazendeiros brancos e trabalhadores negros, levado a cabo pela UPA (União dos Povos de Angola, movimento liderado por Holden Roberto). Salazar envia então um reforço militar metropolitano para Angola, "rapidamente e em força". A resposta portuguesa foi rápida e a repressão tão brutal quanto havia sido o ataque da UPA. Entrou-se numa escalada que levaria ao alastramento da luta armada à Guiné e a Moçambique. E daí à queda do regime ditatorial salazarista iniciado em 1932 e à Revolução de 25 de Abril de 1974 - e consequentemente, ao fim do Império Português, num ambiente internacional dominado pela Guerra Fria e pelos interesses geoestratégicos das superpotências (EUA e URSS), principais beneficiadas pela desagregação de Portugal como Estado pluricontinental.

Aqui fica um site imprescindível para quem queira aprender mais sobre este tema:
Guerra Colonial, 1961-1974